segunda-feira, 26 de março de 2018

RITUAIS DE SALA DE AULA: formação

Focalizar a atenção dos alunos para o processo comunicacional. Produzir enunciados claros que estimulem a confiança, a empatia e a pertença no seio do grupo. Promover a reflexão e a avaliação construtiva. Serenar a turma, implementando hábitos de trabalho e de expressão crítica. Praticar uma atitude reflexiva e de questionamento.

Início de aula:
a.       Relaxamento. Preparar a mente para o trabalho.
Quando os alunos entram na sala, ouvem música relaxante. Há uma atmosfera calma e empática.


b.       Em círculo e em pé, todos fecham os olhos e seguem as indicações do professor (por ex. ouvir os sons mais distantes, respirar fundo, controlar a respiração, ouvir o corpo, ombros descontraídos e longe das orelhas…). Lentamente, vamos regressar ao espaço aula, abrindo os olhos e espreguiçando.

c.       Todo o grupo, em pé numa roda, atira-se uma bola uns aos outros, ao som da música Hot Potato por ex. https://www.youtube.com/watch?v=FV6nJxg7mM0
Quando a bola é enviada para um colega terá de ser acompanhada de um pergunta ou de uma apreciação sobre algo que gostámos dessa pessoa na sessão anterior (atitude, pensamento, ideia, maneira de ser…)

d.       Em roda, em pé, todos circulam. Um elemento lança o coiote (um boneco) e logo que outro elemento o receba, envia-o para outro e assim sucessivamente. Mais tarde, é lançado outro boneco, o coelho, que vai circular entre todos mas nenhum elemento do grupo pode ter os dois animais na mão ao mesmo tempo.

Estas atividades fazem todo sentido no início das aulas, ajudam à concentração e à focagem nas tarefas da aula. Por outro lado, como são atividades novas têm bastante receptividade. Importante para fazer a mudança de tema/atividade.

e.       Apresentação de frases/vídeos que suscitem algumas interrogações. E que sejam discutidas em grupo.
·         “Tenta ser um arco-íris na nuvem de alguém.” Maya Angelou
·         “Se não gostas de algo, muda-o. Se não podes mudá-lo, muda a tua atitude. Não reclames.” Maya Angelou
·         “Aprendi que as pessoas vão esquecer o que tu disseste e o que fizeste, mas nunca esquecerão como tu as fizeste sentir.” Maya Angelou
·         “Não vamos fazer o teu caminho nem o meu caminho: vamos fazer o melhor caminho.” Greg Anderson
·         “Não vemos as coisas como são, vemos as coisas como somos.” Anais Nim.
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Final de aula

a.       Hoje aprendi que...

Enquanto ritual que insiste na prática reflexiva, esta dinâmica caracte­riza-se pela circunstância de se pedir aos alunos que, no final de cada aula, escrevam uma única frase capaz de sintetizar as aprendizagens mais relevantes que foram retidas nesse dia. Compete ao professor guardar as sínteses, incluindo a sua, num sobrescrito datado.

Nota:
A identificação nas sínteses é facultativa, pois a ênfase é posta na prática de reflexão e sintetização. Não obstante, este ritual torna-se paralelamente um mecanismo de autorregulação do professor, pois permite-lhe aferir a perceção dos alunos a respeito dos conteúdos apreendidos de cada vez.

Variante:
Colar uma grande folha de papel de cenário na parede (que é invariavelmente a mesma), na qual os alunos – em silêncio e em simultâneo – escrevem livremente uma única palavra que se relacione com a aula decorrida.
Nota: Em silêncio, e antes de registarem a sua palavra, importa que os alunos olhem primeiramente para o papel de cenário durante cerca de trinta segundos. Esta pausa deve-se à necessidade de reflexão e de releitura das palavras já escritas (na medida em que a folha provém sempre da aula anterior), não podendo repetir-se palavras. Os alunos só se encaminham para escrever na folha ao sinal do professor.

b.       O saco dos segredos…
É desenhado no chão da sala um saco. São distribuídas pequenas folhas aos alunos, onde registam uma palavra ou outra indicação dada pelo professor.

c.       Das perguntas nascem perguntas
Como ritual de encerramento, é proposto que, em conjunto, o grupo reflita e formule uma pergunta que esteja em condições de espelhar a experiência de aula desse dia. Essa mesma pergunta é então transposta para a abertura ritualizada da aula seguinte, durante a qual se procuram possibilidades de resposta.

  
Bibliografia:
·         livro digital em http://bit.ly/10x10EnsaiosArteEducacao.
·         Espaço onde estão registados as várias edições do projeto (aulas, relatórios, fotos…) https://gulbenkian.pt/descobrir/projetos-especiais/10x10/edicoes-anteriores/
·         “Modo operativo AND”, João Fiadeiro
Philippe Perrenoud, “Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas lógicas”.

--A Coordenação

CONSTRUÇÃO DE GRUPO: formação


Jogo dos nomes

a.       Apresentação – fixar os nomes
Por ordem, um elemento diz o seu nome, o seguinte diz o seu nome e repete o nome do anterior (Ex. Eu sou a Isabel! E tu Quem és? Eu sou a Manuela, ela é a Isabel e tu quem és? … e assim sucessivamente, o último elemento diz todos os nomes, por ordem…
b.       Aulas posteriores - Em círculo, cada aluno vai dizer o seu nome. De seguida, com uma bola, esse aluno vai enviar a bola a um colega, dizendo o seu nome, o aluno que recebe diz o nome de quem enviou a bola e assim sucessivamente. Quem se enganar sai da roda. Termina com um vencedor.


Eu/ Outros

c.     Em círculo, sentados no chão, os alunos observam as folhas que o professor previamente colocou no chão. Estas folhas contêm frases que convidam à reflexão. De forma aleatória, de pé, os alunos procuram uma frase com a qual mais se identifiquem apropriando-se dela, e já sentados. Depois de alguma reflexão, individualmente, o aluno usa a frase para se apresentar, justificando a sua escolha.

Nota: este exercício de apresentação pode usar imagens…

À semelhança da proposta anterior, esta atividade parte igualmente de um suporte material: um objeto verdadeiramente pessoal e relevante na história de vida do aluno, devendo a sua escolha ser fundamentada.


d.       Individualmente, em 10 min., cada um escreve as dez coisas que mais gosta de fazer.
Encontra um colega com quem vai partilhar o que há de comum e de diferente entre os dois.
Após essa primeira interação, registam num esquema o que é próximo e o que é diferente.






Todas as duplas reúnem-se em círculo.

Já em círculo, cada uma das duplas apresenta-se, invertendo os papéis, ou seja, cada um apresentará o colega na 1ª pessoa. Por fim, apresentam o que há em comum.

Após cada uma das apresentações, o grupo poderá colocar questões à dupla.



e.       Se eu fosse... seria...

Esta atividade determina a apresentação inicial segundo determinados critérios. São propostas diversas categorias que desafiam cada aluno a refletir acerca de si próprio, espelhando as suas vontades e os seus ideais.
Exemplos
→ Se eu fosse um animal, seria...
→ Se eu fosse uma cor, seria...
→ Se eu fosse um verbo, seria...
→ Se eu fosse um número, seria...
→ Se eu fosse uma planta, seria...
→ Se eu fosse um objeto, seria...
→ Se eu fosse um sentimento, seria...
→ ...
Sugestão
Os alunos podem também fundamentar as suas escolhas, desenvolvendo as competências de comunicação e de argumentação.
É ainda possível apelar à sua memória, aludindo à recuperação das respostas que foram apresentadas.

f.         Teia das emoções 

–  Variante do exercício anterior mas necessita de um conhecimento mais profundo dos elementos da turma (ex. 11º.Ano, no 2ª ou 3º período), para reforçar os laços e trabalhar a inteligência emocional.

Previamente, os alunos escolhem em casa um objeto com o qual se identifiquem (positiva ou negativamente) e trazem-no para a sala de aula.
Em círculo, todos apresentam o seu objeto evidenciando a razão da escolha.
Após todas as apresentações e, após um momento de silêncio, cada um vai pensar no relato que mais o emocionou, aspetos com os quais se identifica…
A partir deste momento, é lançado um novelo de lã que cada um vai atirar à pessoa com quem se quer conectar, formando-se com as diversas ligações uma teia. Após todos estarem ligados, a teia baixa ao chão e cada elemento escreve uma frase que pode ser registada no chão (em papel de cenário, por ex.) ou em pequenos post -it.








- A Coordenação

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Formação em Bolonha




-- Cláudia Domingues, Isabel Rodrigues, Marta Ferreira

Formação em Florença

A participação no curso Conflict Management, emotional intelligence and bullying prevention foi uma excelente oportunidade para refletir sobre o papel do professor na dinâmica da sala de aula. Como o professor pode ser o moderador e/ou mediador de todo o processo de ensino aprendizagem, dirimindo conflitos e promovendo o bem-estar de todos.

Como afirma Séneca “Se um homem não sabe a que porto se dirige, nenhum vento lhe será favorável” por isso esta formação foi um momento inspirador que nos recolocou no porto certo para que possamos voar com os melhores ventos.

  
 Alguns materiais – vídeos








--Isabel Bessa e Manuela Aguiar


Formação em Praga

A participação em formação no âmbito do Erasmus+ “é uma experiência muito positiva, onde se aprende a vários níveis, linguístico, cultural e como é óbvio em termos pedagógicos. Não nos podemos acomodar ao que pensamos que já sabemos. Tudo evolui muito rapidamente, sendo necessário estarmos constantemente atualizados.”

“A mobilidade versava sobre o abandono escolar precoce. O curso estava dividido em vários módulos, ministrados por três formadoras. Foi possível aprender técnicas para trabalhar em salas de aula heterogéneas, lidando com o aumento de diversidade de alunos e apoiando a inclusão de várias minorias; aprender a motivar, orientar e avaliar eficazmente os alunos em risco de abandono escolar e as suas famílias; produzir materiais e conhecer exemplos de boas práticas para apoiar a escola a adotar estratégias inovadoras que visam prevenir o abandono escolar através de pedagogias inovadoras baseadas em trabalho ou baseadas em projetos.”

As nossas elevadas expectativas em relação a esta formação foram totalmente atingidas, uma vez que os conteúdos programáticos foram de encontro ao programa definido. Para além da componente teórica, houve uma componente prática bastante desenvolvida que nos permitiu treinar algumas das técnicas pedagógicas apresentadas.  As formadoras dominavam os temas e conseguiram transmitir e modelar as estratégias de forma bastante apelativa. Houve imensos momentos ricos de partilha de práticas com as colegas de outros países e trouxemos uma bagagem cheia de materiais e ideias para pôr em prática.




--Ana, Gracinda, Isabel

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Notícias de Espanha (Logronho)

A nossa experiência no Hotel Sercotel Portales está a ser muito enriquecedora para a nossa formação. Em primeiro lugar, no espaço de poucas semanas, notamos grandes diferenças na nossa forma de falar o castelhano, uma vez que aprendemos novas expressões diariamente. Para além disso, nestas 3 semanas, já conseguimos fazer check-ins e reservas quase sozinhos. As rececionistas apenas nos ajudam um pouco quando temos de passar alguma informação que não conseguimos explicar aos hóspedes/clientes.
Por outro lado, a nível pessoal, também estamos a tornar-nos pessoas mais organizadas e independentes: fazemos compras, tratamos da lida da casa e cozinhamos. Como trabalhamos por turnos, partilhamos todas as tarefas e isso tem sido uma boa experiência. 
De uma forma geral, estamos a gostar muito de cá estar, pois Logronho é uma cidade muito bonita e toda a gente é muito simpática, tanto o pessoal do Hotel, como hóspedes e as pessoas com quem convivemos todos os dias, como por exemplo as pessoas dos supermercados e outros estabelecimentos que frequentamos. Contudo, ainda nos estamos a adaptar e, por isso, ainda não tivemos muito tempo para visitar as atrações turísticas locais.
Na próxima notícia, prometemos fazer um relatório detalhado da vida noturna e dos lugares mais bonitos de Logronho!






--Sandra Maia e Rui Rodrigues 
(do curso profissional de Técnico de Receção.)


Notícias da Finlândia

Opinião coletiva

Quase um mês passado desde a nossa chegada à Finlândia, o que podemos retirar desta nova experiência é que, mesmo sendo tudo novidade e muito diferente de Portugal, estamos a habituar-nos  mesmo muito bem e, enquanto grupo, estamo-nos a dar super bem. 
Temos notado muitas diferenças no que toca à temperatura e aos costumes da Finlândia. Em relação à temperatura, nestas últimas semanas, tem estado quase sempre abaixo de 5 graus negativos, mas nós estamos a habituar-nos porque é só vestir mais uns agasalhos e já não sentimos frio. Dentro de casa e no trabalho, estamos confortavelmente de t-shirt. 
Quanto aos costumes, as pessoas finlandesas são muito educadas, mas muito reservadas, muito embora se esforcem sempre para nos ajudar no que for necessário e falar em inglês connosco. 

Opinião individual

Paulo Renato Ferreira: Para já tem sido uma ótima experiência, apesar de ser tudo muito diferente e de por vezes ter algumas dificuldades com o idioma, mas com calma tudo se vai levando. No que toca ao meu estágio, estou a gostar de trabalhar nesta área de produção de vídeos, pois tanto estou no estúdio a editar os vídeos como vou com o meu patrão filmar em diversos locais. Fui muito bem recebido na empresa.

Luís Silva: Tem sido uma experiência fantástica! Ainda assim, com algumas dificuldades em me expressar no trabalho porque, por vezes, não sei explicar aos responsáveis os problemas que encontro nos aparelhos que tento reparar e também tenho dificuldade em compreender certas palavras em inglês, por causa do sotaque finlandês. Já o local de trabalho é muito acolhedor e descontraído, há sempre brincadeiras e piadas.

Bruno Oliveira: Na nossa casa em Hyvinkää, fui nomeado cozinheiro chefe e preparo muitas das nossas refeições com a ajuda dos subchefes Luís e Renato. Em relação ao estágio está tudo a correr bem. Desde do primeiro dia, fui muito bem acolhido, as chefias e os trabalhadores da empresa sempre tiveram paciência para me explicar o que tenho de fazer. O meu tutor ensina-me tudo sobre as máquinas e a empresa onde estou inserido. A grande diferença em relação a Portugal é que durante a execução dos trabalhos que me são atribuídos nunca sinto qualquer tipo de pressão, nem me é dado tempo limite para fazer alguma coisa. Aqui tudo é feito com calma para que as tarefas sejam bem executadas.  Já a língua finlandesa é para mim muito estranha por ser muito difícil de aprender e de perceber. Até agora aprendi apenas as palavras essenciais.










-- Hyvinkää, Finlândia
Bruno Silva, Luís Oliveira e Renato Ferreira 
(dos cursos de Técnico de Eletrónica, Automação e Computadores, Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos e Técnico de Multimédia)--